Rui C. Antunes
dom., 04 de fev.
|Biblioteca de Marvila
Entre Quatro Paredes
FESTIVAL CRIASONS IV PROGRAMA “ENTRE QUATRO PAREDES” “PENSAR É ESTAR DOENTE DOS OLHOS”, de Rui Antunes “VIVOS ATÉ À MORTE”, de João Ricardo
Horário e local
04 de fev. de 2024, 19:00 – 21:00
Biblioteca de Marvila, R. António Gedeão, 1950-374 Lisboa, Portugal
Sobre o evento
Festival Criasons IV – “Entre Quatro Paredes”
FESTIVAL CRIASONS IV
PROGRAMA “ENTRE QUATRO PAREDES”
“PENSAR É ESTAR DOENTE DOS OLHOS”, de Rui C. Antunes
“VIVOS ATÉ À MORTE”, de João Ricardo
PENSAR É ESTAR DOENTE DOS OLHOS A Pessoa de fato (do qual não se sabe o nome) está claramente a passar por um momento difícil que não é especificado (e que não tem necessidade de o ser), e passa por várias fases de reação emocional à mesma. Todo o drama se passa na mente desta pessoa e isso é algo visível no seu espaço envolvente, que se deteriora pouco a pouco, estando diretamente ligado ao seu estado emocional. O público é levado por um leque de sentimentos que vão desde a tristeza, a raiva, à apatia, sem nunca perceber ao certo o que levou a estas emoções. Esta é uma pequena viagem que pretende a aceitação e normalização do nosso ser emocional enquanto humanos. O conceito dramático geral da peça é uma alternância entre os momentos nos quais que a música fixa o tempo teatral (momentos operáticos, próximos das Arias tradicionais), momentos puramente teatrais (sem música), e outros momentos também de natureza teatral, mas para os quais é proposto um material musical mas sem duração fixa. Para os últimos dois, o texto e a cena guiam o tempo de modo a oferecer uma possibilidade criativa maior para a encenação.
Criação musical – Rui Antunes
Barítono – Diogo Mendes
Violoncelo – Catherine Strynckx
VIVOS ATÉ À MORTE Tendo em consideração a ligação da vila de Alenquer com o compositor João Ricardo e com a investigadora Rosário Costa, o tema para esta obra surge como consequência dos ainda relevantes atos cometidos pela inquisição, bem como uma homenagem às suas vítimas. Os episódios teatro-musicais formar-se-ão como pequenos contos baseados nesses relatos bibliográficos disponíveis relativos aos crimes e castigos das vítimas da inquisição de Alenquer, cristãos novos e velhos perseguidos por judaísmo, luteranismo, superstições, feitiçarias, bigamias, palavras maldizentes, etc., em se insere não apenas o seu mais conhecido condenado Damião de Góis mas também em vítimas como Guiomar Rodrigues – tendeira, condenada por afirmar que Nossa Senhora não era Virgem – ou Gregório Martins Pereira – deão, acusado de sodomia e expatriado. O espetáculo, com uma duração total de cerca de 30 minutos, está pensado para um ensemble constituído por 1 tenor/narrador, 2 bailarinos e um quarteto de cordas. Musicalmente estes episódios serão compostos usando uma base metodológica de criptografia musical, fazendo uso dos nomes e das datas de relevância para com as vítimas (nascimento, condenação, morte, etc.) como micro e macro estruturas para a obra. A obra musical que acompanha esta submissão – 9 INTERLÚDIOS SOBRE UM INFERNO – são pequenos interlúdios entre as várias cenas.
Criação musical – João Ricardo
Texto – Rosário Costa
Quarteto Lopes-Graça
Barítono / narrador – Diogo Mendes
Bailarinos – Carla Ribeiro, Daniel Marchão e Nuno Velosa
Encenador – Élio Correia
Direção Musical – Brian MacKay
Iluminista – Anabela Gaspar
Video – André Roma
Produção – Musicamera Produções